Uma mulher de 25 anos foi presa em flagrante na madrugada de segunda-feira (29/9) por injetar uma agulha contaminada com HIV em uma enfermeira em um hospital no Centro de Belo Horizonte. Ela se justificou, alegando que agiu de maneira impulsiva porque não concordou com o tratamento que a profissional estava dando ao seu bebê.
A Polícia Militar foi chamada ao Hospital João Paulo II, localizado na Alameda Ezequiel Dias, onde conversou com a enfermeira afetada. A enfermeira explicou aos policiais que estava no meio da coleta de sangue de um bebê de apenas três meses quando a mãe, em um ato impulsivo, retirou a agulha e a perfurou.
O pânico se instaurou ao se descobrir que a mãe era HIV positiva, e os testes realizados mostrariam se a criança também havia sido contaminada. De acordo com o boletim de ocorrência, os exames confirmaram que o bebê era portador do HIV.
Nos relatos, a mãe negou que tenha ferido a enfermeira, afirmando que apenas atirou a agulha ao chão. Ela alegou que estava agindo por instinto, pois acreditava que a enfermeira estava realizando um procedimento incorreto no bebê.
Em seu depoimento, a mãe comentou que a enfermeira estava “girando” a agulha no braço da criança e também levantou críticas sobre a qualidade do atendimento e a conduta dos profissionais de saúde no hospital.
Enquanto a situação se desenrolava, o bebê permanecia internado sob os cuidados da avó no hospital, enquanto a enfermeira buscou o atendimento médico que precisava. Segundo informações da PM, a enfermeira recebeu um tratamento com coquetel antiretroviral e, após ser liberada, tanto ela quanto a mãe foram levadas à 2ª Central Estadual de Plantão Digital para prestar depoimentos.
Em nota, a Polícia Civil confirmou que a mãe havia sido ouvida e que sua prisão em flagrante foi ratificada por conta do crime de “contágio de moléstia grave”, como definido no artigo 131 do Código Penal, que pune quem, intencionalmente, transmite uma doença grave a outra pessoa. A mulher segue à disposição da Justiça.
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