Governo propõe isenção do Imposto de Renda para salários até R$ 5 mil

Brasília, 21 de agosto de 2025 – A recente proposta apresentada pelo governo federal visa isentar do Imposto de Renda (IR) aqueles que recebem até R$ 5 mil por mês. Esta medida é de suma importância para a valorização dos salários de professores e de muitos outros profissionais da classe média no Brasil. Com o projeto já aprovado em uma comissão especial, sua votação urgente na Câmara dos Deputados poderá culminar na implementação rápida, sujeita à aprovação do plenário.

💼 Como essa mudança beneficia os professores?

Os educadores, tanto da rede pública quanto da privada, frequentemente têm salários na faixa de até R$ 5 mil mensais. Com a nova regra de isenção, esses profissionais não terão mais o valor do Imposto de Renda descontado de seus pagamentos.

Na prática, isso resultará em um aumento na renda disponível. Por exemplo, um professor que recebe R$ 4.800 por mês, atualmente paga cerca de R$ 200 a R$ 300 de IR. Com as mudanças, ele poderá receber o salário integral. Isso se traduz em um aumento anual de aproximadamente R$ 3 mil, sem necessidade de reajuste salarial.

Essa iniciativa é um passo significativo para a valorização da carreira docente, que historicamente enfrentou desvalorização no Brasil. Com a isenção:

  • O salário líquido dos educadores aumenta independentemente de ajustes salariais promovidos por prefeituras, estados ou instituições particulares.
  • A atração por carreiras na docência poderá melhorar, principalmente entre jovens que estão decidindo sobre seu futuro profissional.
  • O impacto da defasagem salarial frente ao custo de vida, especialmente em grandes cidades, será reduzido.

🧾 Situação atual da faixa de isenção

Atualmente, estão isentos do IR apenas aqueles que ganham até R$ 3.036, o que corresponde a dois salários mínimos em 2025. A nova faixa proposta de R$ 5 mil se alinha mais adequadamente à realidade econômica atual e responde a uma antiga demanda dos trabalhadores, incluindo os sindicatos de professores.

💰 Como será financiada esta medida?

A proposta prevê que, para compensar a perda de arrecadação, estimada em R$ 25,8 bilhões para 2026, haverá um aumento na tributação dos mais ricos. Isso incluirá uma nova alíquota progressiva, que poderá chegar até 10% para aqueles que ganham acima de R$ 1,2 milhão por ano, ou seja, R$ 100 mil mensais.

📣 Um avanço notável, mas ainda insuficiente

Embora a isenção do IR represente um progresso relevante a curto prazo, especialistas alertam que ela não substitui a necessidade de políticas estruturais que garantam a valorização da carreira docente, como um piso salarial adequado, planos de carreira, condições de trabalho adequadas e investimentos em formação continuada.

Apesar disso, trata-se de uma conquista concreta e imediata na direção de reconhecer e valorizar a função dos professores na sociedade brasileira.

Qual é a situação atual do projeto?

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou em uma rede social que pautará a urgência do Projeto de Lei (PL) referente à isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. “Hoje, vamos pautar a urgência do PL de Isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. É um tema de interesse nacional e beneficiará milhões de brasileiros”, declarou.

No mês de julho, a proposta já havia sido aprovada em votação simbólica por uma comissão especial da Câmara dos Deputados que focou no tema. Dias antes, o PL havia avançado com a apresentação do parecer pelo relator, deputado Arthur Lira (PP-AL).

Dúvidas sobre a isenção do IR para R$ 5 mil: perguntas e respostas

O projeto de lei, que é uma iniciativa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estabelece isenção total do IR para rendimentos até R$ 5 mil mensais ou R$ 60 mil anualmente, uma das propostas do presidente durante sua campanha.

💲 Atualmente, está isento do pagamento de IR quem recebe até dois salários mínimos, equivalentes a R$ 3.036.

Desconto parcial

A proposta também contempla um desconto parcial para quem tem renda entre R$ 5 mil e R$ 7 mil mensais. O relator do projeto estendeu essa faixa para incluir rendimentos entre R$ 5 mil e R$ 7.350, o que segundo Arthur Lira, deve beneficiar cerca de 500 mil pessoas.

Para equilibrar o aumento das isenções e dos descontos, Lira manteve a sugestão do governo de uma alíquota extra progressiva de até 10% para rendimentos que ultrapassam R$ 600 mil por ano, ou R$ 50 mil mensalmente, aplicada a partir de R$ 1,2 milhão por ano — ou R$ 100 mil por mês.


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