Na última sexta-feira, 15 de setembro, professores da rede estadual do Maranhão tomaram as ruas de São Luís para manifestar sua insatisfação em relação aos atrasos e à falta de clareza sobre o pagamento da segunda parcela do precatório do Fundef. A mobilização, organizada pelo Fórum Maranhense em Defesa dos 15% do Fundef, atraiu educadores para a Praça Deodoro, no coração da capital, a partir das 9h.

O movimento ocorre em meio a várias declarações contraditórias por parte do governo do estado, chefiado por Carlos Brandão, sobre a liberação dos recursos financeiros. A crise teve início quando o governador anunciou que o dinheiro para o pagamento estava disponível nas contas do governo durante o lançamento do programa “Educação de Verdade”, uma informação que foi desmentida pouco depois. Posteriormente, a secretária de Educação, Jandira, declarou que os valores estavam bloqueados em uma conta judicial, a versão que também não se confirmou.
A situação tornou-se ainda mais complicada após uma publicação do governador, que foi retirada do ar, na qual afirmava que professores que haviam sido desligados só receberiam o pagamento em setembro se não solicitassem uma mudança na data até o dia 17 do mesmo mês. Essa falta de transparência aumentou a desconfiança entre os educadores que já enfrentam anos de espera por seus direitos.
Até o presente momento, o governo não se manifestou oficialmente após a exclusão da postagem, deixando os educadores em um clima de apreensão. Enquanto isso, o Fórum Maranhense continua a mobilização, exigindo maior clareza e a regularização imediata do pagamento. A categoria teme que novos atrasos possam impactar negativamente milhares de profissionais que dependem deste recurso.
A equipe de reportagem buscou um posicionamento da Secretaria de Educação do Maranhão, porém não obteve retorno até o fechamento desta matéria.
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