Recentemente, a NASA, em colaboração com o USGS e o WHOI, trouxe à tona uma revelação que promete transformar a compreensão científica sobre a busca por água fora da Terra. Dados coletados pela sonda Galileo sugerem que Europa, uma das luas de Júpiter, pode abrigar um volume de água que supera consideravelmente o que temos em nosso planeta.
As projeções indicam que a quantidade de água em Europa pode ser de duas a três vezes maior do que a soma de todos os recursos hídricos encontrados na Terra. Isso inclui oceanos, geleiras, lagos e até grandes reservatórios subterrâneos, como o Aquífero Guarani, um dos maiores do mundo.
A superfície de Europa é coberta por uma espessa camada de gelo, sob a qual acredita-se que exista um vasto oceano líquido. Esse estado líquido pode ser mantido por causa do calor gerado internamente pela intensa interação gravitacional com Júpiter.

Análise comparativa da água na Terra
Para elucidar a magnitude dessa descoberta, o USGS divulgou representações visuais que evidenciam a quantidade de água da Terra concentrada em uma esfera única. Embora nosso planeta seja conhecido como o “planeta azul”, apenas uma fração dessa água é potável e acessível à população.
Quando comparamos essa situação com as estimativas de Europa, fica evidente que a lua de Júpiter possui um volume de água que supera em larga escala a água existente na Terra, fazendo dela uma reserva cósmica inestimável.
Dada a escassez dos oceanos e dos reservatórios subterrâneos na Terra, Europa se torna um alvo intrigante para futuras missões espaciais. Além de sua abundância hídrica, a hipótese de que o oceano subterrâneo se encontra em contato com minerais da crosta pode criar condições potencialmente favoráveis à vida microbiana. Assim, Europa se posiciona entre as principais candidatas para exploração espacial nos próximos anos.
Fonte: Correio do Estado
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