Na última quarta-feira, Edson Fachin foi escolhido para a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), cargo que assumirá no dia 29 de setembro, sucedendo o ministro Luís Roberto Barroso e exercendo a função até 2027. Ao seu lado, Alexandre de Moraes ocupará a vice-presidência. Com um perfil técnico, Fachin liderará a Corte em um período crucial, especialmente nas eleições de 2026, mantendo uma posição firme em defesa do Judiciário.

O STF realizou esta eleição de maneira simbólica, reiterando a dobradinha entre os ministros Fachin e Moraes, que já trabalharam juntos em 2022 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na votação, os dois foram eleitos com ampla maioria, totalizando 10 votos a 1. De acordo com as normas, o próprio candidato não pode votar em si mesmo; portanto, Moraes optou por apoiar Nunes Marques, o ministro mais novo da Corte.
Após o resultado, Fachin expressou sua gratidão pela confiança recebida e relembrou os trabalhos que desenvolveram juntos. Ele afirmou: “Recebo o bastão com um sentido de missão e a consciência de que tenho um dever a cumprir.” Moraes, por sua vez, também se mostrou honrado em dividir a administração com Fachin, destacando a importância do trabalho conjunto que tiveram durante suas passagens pelo TSE.
Apesar de ser visto como um ministro reservador e menos propenso a declarações públicas, a expectativa entre seus pares é que Fachin adote uma postura de defesa do Judiciário, especialmente em um momento em que o sistema enfrenta críticas e ataques, principalmente com a proximidade das eleições. Fachin, que foi indicado por Dilma Rousseff em 2015, já demonstrou sua liderança no TSE em 2022 ao combater a proposta do voto impresso e as fake news.
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